HISTORIAL

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O FIG surgiu em 1995, por iniciativa da Câmara Municipal de Palmela, enquadrado pelo Programa Municipal de Teatro do Concelho de Palmela, com a pretensão de sensibilizar e reunir populações à volta de um festival temático com eventos teatrais ou parateatrais, confirmando, também, o carácter popular e mobilizador desta arte. Por outro lado, a nível nacional, o FIG reunia, inicialmente, condições suficientes para ocupar um espaço ainda pouco explorado de ponte com a divulgação do teatro.

As figuras gigantes em Portugal (que poderá ser um dos países de origem de manifestações desta natureza) terão surgido pela primeira vez no séc. XIII, num acto processional em Alenquer.

Estas figuras gigantes, designadas figuras processionais, podem ser raiz de algumas das figuras populares que chegam até aos nossos dias (santa coca, a serpe, os dragões etc.), sendo, normalmente, alusivas a monstros que representam a usual dicotomia bem/mal.

 

2003_06

 

Sendo um festival bienal no calendário cultural do concelho, O FIG possibilitou a divulgação de outras artes transversais, e também a valorização patrimonial de referências tradicionais na área da música e da etnografia, como é o caso da percussão, das gaitas de foles, ou mesmo, da divulgação do património etnográfico do concelho.

A 4ª edição do FIG marcou a edição do livro “FIG – No Trilho dos Gigantes”. Uma publicação que reúne vários testemunhos de investigação, na área dos gigantes, traçando a história destas figuras em Portugal e na Europa e documentando o historial FIG e dos grupos e artistas que por aqui passaram nos primeiros anos.

 

2007_01

 

Em 2007, o FIG voltou a fazer história, com a apresentação do documentário “Gigantes”, uma produção da Câmara Municipal de Palmela e do parceiro AJCOI, que resulta de um largo trabalho de pesquisa, de âmbito antropológico e etnográfico, com recolha de depoimentos por todo o país. Nas edições seguintes a apresentação do livro Gigantes e Outras Desmesuras; a Maleta Pedagógica de Formas Animadas e Percussão e a Maleta Pedagógica da Gaita de Foles foram reforçando o corpo do Festival no património da criatividade em caminho feito.

2009 foi o ano de presenças fortes da India; França (com os inesquecíveis Taraf Goulamas), Itália; Espanha e Inglaterra e um dos anos de maior afluência ao Festival .

Nos anos de 2011 e 2013 o FIG não se realizou . Tempos difíceis marcaram a vida cultural do país e da Europa. Ainda assim o espírito do Festival foi resistindo e particularmente com a força dos seus parceiros o FIG veio à rua com versões condicionadas (Fins de Semana de Gigantes)

Em 2015 o FIG torna ao seu caminho em tempos de retoma que se mantêm até à presente edição de 2019 com os amigos de sempre, desafios gigantes e forças retemperadas.